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Vagos

O concelho encontra-se dividido em 8 freguesias: Calvão, Fonte de Angeão e Covão do Lobo, Gafanha da Boa Hora, Ouca, Ponte de Vagos e Santa Catarina, Santo André de Vagos, Sosa, Vagos e Santo António. Possui cerca de 164,92 km² de área e 2 22 851 habitantes (INE 2011), sendo composto por duas partes divididas pela Ria de Aveiro (por uma parte continental e por uma porção dunar da Costa Nova). É limitado a norte pelo município de Ílhavo, a nordeste por Aveiro, a leste por Oliveira do Bairro, a sudeste por Cantanhede e a sudoeste por Mira, dispondo de uma costa oeste banhada pelo Oceano Atlântico.

//Conheça no mapa os potenciais casos de inovação social identificados neste território.

 

Demografia

Verificam-se algumas desigualdades populacionais entre freguesias, registando-se um aumento de habitantes nas freguesias da Gafanha da Boa Hora e Vagos, e um decréscimo populacional nas freguesias Covão do Lobo, Fonte de Angeão e Santa Catarina, no período de 1991 e 2001 (Censos).
Salienta-se a freguesia de Ponte de Vagos com a maior densidade populacional do concelho, seguindo-lhe as freguesias de Vagos, Santo António de Vagos e Santo André de Vagos. Relativamente à distribuição da população em termos etários, verifica-se que em 2001 registava-se um valor de cerca de 51,8% da população entre os 25-64 anos, tendo ocorrido entre 1991 e 2001 um decréscimo da população entre os 0 e 14 anos (6,7%) e um aumento de apenas 0,1% da população entre os 15 e 24 anos, desencadeando uma situação de envelhecimento.

Atividade económica

Com um solo fértil graças ao arroteamento (muitos dos terrenos actuais estavam ocupados pelo mar, tendo ocorrido posteriormente o assoreamento) das superfícies arenosas, o concelho de Vagos tem na agricultura o fundamento da sua prosperidade. A repartição setorial da população ativa comprova que mais de 62% da população trabalha na agricultura, 24% têm os seus postos de trabalho nas indústrias e cerca de 14% estão alocados aos serviços. É relevante neste concelho, a cultura da batata, tubérculo a que os solos de toda a região da Gafanha conferem qualidade superior, tornando-o muito procurado. Salientam-se também a cultura do arroz, dos cereais, legumes, feijão e laranja que complementam a produção agrícola de Vagos.
Embora o concelho não apresente uma expressão significativa na produção de vinhos, existem duas freguesias que merecem menção especial: tanto Sosa como Covão do Lobo são locais incluídos na Região Demarcada da Bairrada.
Embora reduzida, também é de destacar a atividade piscatória no concelho.
A nível industrial, Vagos encontra-se principalmente ligado à cerâmica de construção (telha e tijolo, sobretudo) e à louça de barro. De salientar, uma indústria típica da Ria – a apanha do moliço – fundamental para o aproveitamento dos solos e tão largamente utilizada nesta região.

Património cultural

Parte do património natural de Vagos encontra-se classificado como Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro e Sítio Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, no âmbito da Rede Natura 2000. Situada entre o mar e a Ria, é possível observar no seu interior, as áreas aplanadas, ricas em flora e fauna autóctone. Destaca-se a este o Rio Boco, com mistura de águas das várias nascentes com as águas salgadas da Ria de Aveiro, as Pontes da Água Fria e da Fareja e a Praia da Vagueira, um dos pontos mais apreciados na localidade.
O artesanato vaguense é pontuado pelos trabalhos em cestaria, pelas esteiras de vime, outrora com bastante predominância na freguesia, e pelas miniaturas de moinhos. Salientam-se os trabalhos em cerâmica, com influência da vizinha Vista Alegre.
Na gastronomia podemos encontrar as caldeiradas de enguias, os escabeches, a chanfana de carneiro, as papas de abóbora, o sarrabulho, as sainhas e o leitão à Bairrada.

//+ info em: http://www.cm-vagos.pt/PageGen.aspx